O presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Flávio Faloppa, anunciou que o ‘XXIV SICOT Triennial World Congress’, o congresso internacional que reúne ortopedistas do mundo inteiro, foi marcado para o Rio de Janeiro, onde vai se realizar em novembro do ano que vem. O evento ocorrerá simultaneamente com o congresso da entidade brasileira, que congrega 10 mil ortopedistas.

Segundo o presidente da SBOT, a escolha do Brasil para sediar o evento maior da ‘Societé Internationale de Chirurgie Orthopédique et de Traumatologie’ comprova a crescente importância da especialidade no Brasil, que é um dos países que tem uma Ortopedia de ponta, em nível de igualdade com a que é oferecida regiões mais desenvolvidas.

Faloppa ressalta ainda que a pesquisa brasileira no campo da Ortopedia cresce constantemente, mas lembra que a maior preocupação dos ortopedistas é a prevenção, pois o número de mortes causadas por trauma continua crescendo. Apenas os acidentes de motocicleta roubam 14 mil vidas de brasileiros por ano, e esse número é muito menor do que o dos pacientes que, em virtude do acidente, ficam incapacitados para o trabalho. Problema semelhante ocorre nos acidentes envolvendo automóvel, nos quais em 25% dos casos a morte ocorre por trauma torácico, que também pode ser evitado por medidas de segurança.

A propósito do congresso que anunciou, Flávio Faloppa explica que a SICOT é uma associação internacional criada há 84 anos, cujo objetivo é “promover o avanço na ciência e na arte da Ortopedia e Traumatologia em nível internacional, especialmente a melhoria dos cuidados aos pacientes e que se dedica igualmente ao desenvolvimento do ensino e à pesquisa”.

O Congresso que a SICOT realizará no Brasil é o foro no qual os maiores ortopedistas e traumatologistas do mundo apresentarão o ‘estado da arte’, discorrendo sobre as mais recentes pesquisas, os novos procedimentos, a experiência no uso de novas drogas, equipamentos e próteses. E ainda os desafios que se anunciam para o médico, à medida que o envelhecimento da população, que ocorre também no Brasil, faz com que número cada vez maior de pessoas chega à faixa etária. “Na terceira idade é que os problemas ortopédicos são mais frequentes, inclusive em função de fatores degenerativos, como a osteoporose”, explica o presidente da SBOT.