Crianças, adolescentes e adultos costumam enfrentar os estigmas do meio em que vivem. Sofrem com problemas de autoafirmação para serem socialmente aceitos. Sejam gordinhos, muito magros, baixinhos ou exageradamente altos, todos são submetidos ao olhar crítico e às gozações dos colegas.

Embora essas brincadeiras sejam, na maioria das vezes, realizadas de maneira inocente, os resultados tendem a causar sérios transtornos para quem as recebe. A criança pode absorver os rótulos e, assim, desenvolver dificuldades na comunicação com os colegas ou retração nos estudos. Ser baixinho passa a comprometer a adaptação mental dessas crianças às situações sociais (comportamento psicossocial), e elas se tornam complexadas.

“Há dificuldade das crianças com baixa estatura grave no convívio com os colegas, não só por bullying. Crianças muito menores que seus pares podem, por exemplo, sofrer lesões em jogos que envolvam esbarrões entre elas. Essas crianças também podem ser tratadas como se fossem mais novas, algumas são até carregadas no colo por seus pais em idades em que isto já não seria um comportamento social aceito”, explica a Dra. Isabel Rey Madureira, especialista em endocrinologia pediátrica, com Doutorado em Ciências Médicas, Professora Adjunta do Departamento de Pediatria da FCM-UERJ e Médica do Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica da UDA de Endocrinologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da UERJ.

Apesar dos problemas psicológicos se manifestarem principalmente em crianças e adolescentes, a questão abrange outras faixas etárias. Segundo os especialistas, na idade adulta, indivíduos com baixa estatura grave podem ter dificuldade nas atividades mais simples do dia a dia e até de se adequarem socialmente, como no casamento e no mercado de trabalho.

Embora os aspectos psicológicos indiquem teoricamente que os pacientes de baixa estatura devam ser encaminhados a consultórios de psicologia há outros passos prévios que podem identificar o melhor tratamento. “O pediatra e o endocrinologista também têm por domínio auxiliar a família no apoio psicossocial, não só encaminhando os pacientes, mas também aconselhando os envolvidos”, observa a Dra. Isabel.

Diagnóstico e tratamento da baixa-estatura

O crescimento pode ser influenciado por fatores genéticos, hormonais, nutricionais, psicossociais e presença de doenças sistêmicas. O diagnóstico rápido de qualquer causa de baixa estatura pode resultar em um tratamento eficaz. Os pais podem ajudar levando os filhos regularmente ao pediatra. O profissional é capaz de detectar um problema de crescimento até mesmo antes de a baixa estatura estar presente. O tratamento se dá por um acompanhamento médico de longo prazo para determinar a velocidade do crescimento do paciente.

É o caso de uma criança que pode estar com a estatura ainda normal, mas com baixa velocidade de crescimento. A monitorização do crescimento é realizada por meio do emprego dos referenciais populacionais popularmente conhecidos por curvas de crescimento. “Se uma criança está crescendo mal, o pediatra investigará as causas mais comuns e seguirá as menos comuns, baseado em anamnese e exame físico completos, que podem direcionar para exames complementares exames físicos a serem realizados. Descartadas as causas mais comuns, pode haver a necessidade de encaminhamento para um endocrinologista pediatra”, explica a Dra. Isabel.

Hormônio de crescimento

A altura é uma característica genética. Em situações de perspectiva de altura final muito baixa, mesmo não decorrentes da deficiência do hormônio de crescimento (GH), como o PIG, a Síndrome de Turner ou a baixa estatura idiopática, o beneficio do uso do hormônio tem eficácia comprovada cientificamente.

O GH é fabricado na hipófise e é um dos principais responsáveis pelo crescimento da criança e adolescente. O déficit indica a necessidade de tratamento feito com a reposição do GH. Crianças saudáveis que tenham altura considerada normal para o padrão populacional não devem fazer o tratamento por correções apenas estéticas. O tratamento somente está indicado na baixa estatura.

A deficiência de GH pode ser congênita ou adquirida. As causas congênitas se devem a mutações em genes que são essenciais para a fabricação do hormônio do crescimento. As causas adquiridas são mais comumente doenças que acometem a região do hipotálamo e hipófise, como tumores, infecções ou radioterapia.

A criança que não fabrica este hormônio adequadamente somente irá recuperar o seu potencial de altura se o hormônio for administrado. Essa reposição é feita por meio de injeções subcutâneas diárias até o término do crescimento da criança. Nos adultos que permanecem com a deficiência do GH, há benefícios na manutenção do tratamento.

Criança PIG

Bebês nascidos com peso e/ou tamanho abaixo do considerado normal. O distúrbio merece destaque por seus impactos na vida do bebê e da família, já que pode resultar em baixa estatura e em alterações metabólicas futuras.

O pré-natal adequado poderá prevenir a maior parte dos problemas que levam a criança a não crescer adequadamente durante a gestação e nascer PIG. A alimentação correta e o ganho de peso adequado da mãe durante a gestação também são recomendados. Algumas síndromes genéticas do feto e doenças maternas podem não ser passíveis de prevenção, mas outras sim.

Síndrome de Turner

Problema apresentado por meninas com falta de cromossomo X. A síndrome causa deficiência no crescimento a partir da infância e as gônodas são “em fita” à ultrassonografia, não funcionantes na adolescência e na adultícia. A terapia com GH em meninas com síndrome de Turner busca obter aceleração sustentada da velocidade de crescimento e uma melhora na altura final quando adulta.

Sobre a Merck

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, o lucro total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e o faturamento aumentou 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 – há 90 anos – e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono – de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.