Já imaginou ser obrigado a mudar de profissão por causa de uma alergia? Essa é a realidade de muitos profissionais da área da saúde que desenvolveram reação alérgica ao látex, principal componente das luvas cirúrgicas. Cerca de 2% da população mundial tem esse tipo de alergia, que se manifesta de diversas formas, como: irritação na pele, ulcerações, eczema, urticárias, rinite e até choque anafilático. A melhor maneira de evitar essas reações, no caso do ambiente clínico-hospitalar, é a substituição das luvas feitas de látex por aquelas elaboradas a partir de materiais sintéticos como o neoprene.
“Existem dois tipos de alergias ao látex: tipo I, quando as reações ocorrem imediatamente após o contato e podem ser bem graves, desencadeando falta de ar e até choque anafilático; e tipo IV, mais frequente ocasionando lesões de pele como dermatite de contato. É importante ressaltar que apenas o contato da poeira com látex (em suspensão nos centros cirúrgicos, nas bexigas de aniversários) já podem desencadear os sintomas”, alerta a Dra. Ana Paula Moschione, alergista Ana Paula Moschione Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI). Para reduzir a incidência de reações alérgicas, muitos hospitais em todo o mundo já adotam o uso de luvas livres de látex e de pó.
A instrumentadora cirúrgica Michelle Fernandes, de 19 anos, que estagiou no Hospital Geral de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, enfrentou sérios problemas por conta de alergia ao látex. O que elajulgava ser apenas uma simples irritação na pele das mãos, aos poucos evoluiu para uma coceira e dermatite de contato que se transformou em feridas. “Logo em seguida, comecei a sentir muita falta de ar em todos os momentos que utilizava as luvas de borracha de látex durante os procedimentos médicos-cirúrgicos”, conta Michelle.
Em consulta com um alergista, Michelle descobriu que havia desenvolvido asma e bronquite alérgicaporcausa de sensibilidade ao látex. Elapassou a trabalhar com as luvas à base de neoprene, porém as crises respiratórias continuaram, uma vez queo pó das luvas de látex utilizadas pelos outros profissionais continuava no ar. “Enquanto os hospitais brasileiros não adotarem as luvas livres de látex, não poderei voltar a exercer a profissão”, diz Fernandes.
Mas não são apenas os profissionais de saúde que sofrem com esse tipo de alergia. Pacientes que passam por múltiplas cirurgias podem desenvolver o mesmo problema em função do contato frequente com o látex. É o caso, por exemplo, de pacientes com malformações ortopédicas e paralisia cerebral, que são submetidos a vários procedimentos cirúrgicos. “Quanto mais frequente o contato com o látex, maior a probabilidade de desenvolver a alergia,” explica a alergista.
Uma solução eficaz e que proporcionaria maior segurança para os profissionais da área de saúde, alérgicos ou não, é a adoção de luvas elaboradas a partir de materiais sintéticos como o policloropreno (neoprene).
Luvas livres de látex já estão disponíveis no Brasil
Já difundidas em muitos países, as luvas feitas de materiais como o neoprene, começam a ser utilizadas no Brasil. A primeira da categoria no país, Derma Prene® Ultra, é a escolha de renomados especialistas que buscam segurança e qualidade nos procedimentos hospitalares. Além de serem 100% livres de pó e de látex (causadores de alergias do tipo I) e de aceleradores químicos (causadores de alergias do tipo IV), são aprovadas contra a penetração de vírus. Soma-se a tecnologia de fabricação que faz com que a luva não se desenrole, mantendo-se presa ao jaleco médico.
Saiba que:
• Cerca de 1% a 2% da população mundial é alérgica ao látex;
• A exposição repetida ao látex aumenta a chance de desenvolvimento de alergia do Tipo I;
• Fazem parte do grupo de risco: profissionais de saúde que trabalham em centros cirúrgicos, laboratórios e centros de hemodiálise; pacientes submetidos a vários procedimentos cirúrgicos (18% a 37%); pacientes com espinha bífida (alto índice de risco, entre 20% e 67%);
• Alergias do Tipo IV são causadas por aceleradores químicos utilizados na fabricação de luvas de borracha de látex natural e representam, aproximadamente, 33% das doenças de pele diagnosticadas em profissionais de saúde, resultando em uma significativa taxa de afastamento ocupacional;
• Muitos hospitais em todo o mundo adotaram o uso de luvas látex-free no intuito de reduzira incidência de reações alérgicas, entre pacientes e funcionários. No entanto,o índice de alergias químicas não diminuiu entre os funcionários, comcerca de 80% causadas pelos aceleradores químicos;
• Estima-se que nos Estados Unidos são gastos US$ 1 bilhão/ano como reflexo da incidência de alergias do Tipo IV. Parte desse custo, por exemplo, é atribuído às perdas sofridas por instituições de saúde onde enfermeiros apresentaram dermatite de contato nas mãos.