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Cibersegurança em consultas on-line: como evitar fraudes de identidade

Article-Cibersegurança em consultas on-line: como evitar fraudes de identidade

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Clínicas e planos de saúde devem estar cada vez mais atentos à gestão de dados dos usuários em suas plataformas para evitar prejuízos físicos e financeiros   

Mais de 30% dos médicos brasileiros realizaram teleconsultas em 2022 de acordo com a pesquisa TIC Saúde, um avanço extremamente positivo para garantir mais praticidade e fácil acesso a serviços de saúde. Por outro lado, frequentemente leio notícias sobre a atuação de falsos médicos que utilizam o CRM de profissionais para atender de forma ilegal, e realizam diagnósticos errados e pedidos de pagamentos para tratamentos não fundamentados. 

Uma vez que a tecnologia passou a ser cada vez mais incorporada neste setor, principalmente após a pandemia, clínicas e planos de saúde devem estar cada vez mais atentos à gestão de dados dos usuários em suas plataformas para evitar prejuízos físicos e financeiros aos pacientes.  

As soluções que envolvem autenticação multifator, por exemplo, otimizam etapas primordiais para o funcionamento do sistema de atendimento remoto e a integridade das informações dos usuários envolvidos. Neste sentido, podem atuar desde o processo de autenticação do registro de médicos que atendem a domicílio e estão entrando em uma plataforma on-line, até o momento de prescrição e entrega de receitas. 

Um exemplo prático é a utilização de características biométricas para autenticação da identidade do profissional. Um aplicativo de atendimento que solicita a validação por meio de uma forma adicional de identificação, como uma digital ou reconhecimento facial, garante maior controle e confiabilidade tanto para a instituição quanto para o paciente que agendou a consulta, que muitas vezes já está em um momento de vulnerabilidade. 

Isto vale também para quem está do outro lado da tela. Os métodos de autenticação para os pacientes garantem para os profissionais que a pessoa certa está sendo atendida e recebendo o diagnóstico.

Além disso, vale ressaltar que a segurança pode fazer a diferença não só no momento da consulta, como também, em todo o armazenamento de dados que os usuários de plataformas de consultas on-line utilizam. Pesquisa divulgada recentemente apontou que cerca de 80% das empresas do setor de saúde sofreram, ao menos, um ciberataque em 2022 em todo o mundo. Além disso, 30% afirmaram que dados sensíveis foram afetados.

Por isso, reforço que a cibersegurança é essencial para a evolução do setor de saúde.  Além de manter a própria integridade dos sistemas de acesso para teleconsultas, é importante que as empresas do setor estejam em conformidade com a regulamentação. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) reforça a responsabilidade que os profissionais do setor possuem em preservar os dados pessoais dos pacientes para garantir a privacidade destes. 

Assim, é necessário que as organizações da área da saúde implementem e promovam estratégias de cibersegurança para garantir a proteção de suas plataformas e negócios, sendo a autenticação multifator uma ferramenta auxiliar deste processo. Como consequência, os profissionais e os pacientes também poderão contar com um ambiente que promova um atendimento confiável e de qualidade.