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Indústria de biotecnologia deve se transformar para enfrentar desafios atuais

Article-Indústria de biotecnologia deve se transformar para enfrentar desafios atuais

Crédito: Freepik biotecnologia.jpg
Pandemia acelerou demanda por inovação, mas cultura ainda é barreira para biotechs e farmacêuticas

A pandemia da Covid-19 evidenciou que as empresas de biotecnologia ainda têm um longo caminho a percorrer para atingir o grau de transformação digital visto em outras indústrias, como de alimentos e energia, afirmaram especialistas em fórum técnico da Automation Fair 2022, maior feira de inovação para a indústria promovida pela Rockwell Automation.

Segundo o presidente da Axendia e mediador do painel, Daniel Matlis, motivo não é a ausência de tecnologia, mas a cultura de muitas empresas. "A número um, a principal barreira para as empresas para a transformação digital no setor industrial, é a cultura", afirmou citando uma pesquisa da empresa.

Avançar na digitalização e automatização de processos não é mais uma opção para a indústria, mas uma necessidade para enfrentar o ambiente disruptivo em que vivemos, salientaram os participantes do painel Sachin Misra, líder global da Kalypso; Mark Auger, engenheiro de automação da Cytiva; Carlos Martinez, diretor de MS&T na Sarepta Therapeutics; e Matthew Laing, diretor de engenharia de manufatura digital da Eli Lilly.

Entre as principais tecnologias que têm apoiado a indústria de biotecnologia, os especialistas ressaltaram cloud computing e a Internet das Coisas (IoT). Laing, em sua fala, trouxe o exemplo da Eli Lilly e falou sobre as vantagens de padronizar interfaces que conectam diferentes sistemas. Segundo ele, se as interfaces são padronizadas, os equipamentos se tornam “plug and play”, o que traz ampla agilidade a uma linha de produção.

Também houve ênfase no uso de soluções em nuvem e na necessidade de utilizar os dados gerados na planta de maneira produtiva. “O que traz valor é contextualizar os dados e aplicá-los na hora e no lugar certos”, destacou Misra, avaliando que as empresas no setor são “ricas em dados, mas pobres em informação”.

“A nossa indústria é muito aversa ao risco e as pessoas não estão dispostas a mudar", argumentou Martinez. “Mas quando você consegue provar que é possível obter valor e visibilidade com essas mudanças, a cultura também se transforma. É sempre importante avaliar como a tecnologia traz agilidade e eficiência”.